sábado, 28 de abril de 2012

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Sim, somos livres.
Voe borboleta, voe.



















[junior ferreira]
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Não menos bilhetes bastam.
Tratar, lateralmente, os fatos é o suficiente
Para enxergar que os sentimentos e o humor assumem-se como vento.






















[junior ferreira]

sexta-feira, 27 de abril de 2012

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Comprarei flores,
para enfeitar o seu café da manhã.

Azuis são as minhas preferidas.
Tulipas, são lindas.

Disse a mim mesmo que compraria orquídeas amarelas.


















[junior ferreira]

quarta-feira, 25 de abril de 2012

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E estes sentimentos destorcidos,
Verdades que se ocultam em palavras pensadas.

Coisas que não menos limita, mas destrói.

















[junior ferreira]

segunda-feira, 23 de abril de 2012

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E se precisa entender a minha alma,
Leia minhas palavras,
Olhe através dos meus olhos,
Ouça pelos meus ouvidos,
Sinta a minha voz.















[junior ferreira]

sexta-feira, 13 de abril de 2012

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Gosto do João Gilberto e Stan Getz,
Da suavidade do agudo da Gal,
Dos sonetos de Florbela espanca - e toda sua indumentária poética, sua coerência e demasiado parnasianismo.

Gosto dos olhares, de tudo aquilo que não acaba e nunca se torna monótono.
Do beijo, da força do abraço eu gosto.

Gosto da saudade em alguns momentos - o que é memorável é eterno, mas fica na saudade, no desejo de ter novamente.

Gosto de meninas e de meninos,
Das esquinas que se desdobram em mil ruas, e nos levam por essa mocidade que por demais me fascina.

Gosto de você.














[junior ferreira]

quarta-feira, 11 de abril de 2012

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Prefiro a palavra Corpo,
quando quero desmitificar toda essa força com a emoção das palavras.

A camisa que rodeia a alma, que se abre em mil botões e mesmo assim não rasgamos esse tegumento, Pele.

Rasgado, como a boca que diz a verdade. Rígido, como o nódulo que se petrifica, Coração.

Mesmo não vendo o tempo, estamos nessa coordenada que nos leva a deterioração, à mocidade efêmera,  velhice,  vertigem. Por finalmente chegarmos a única coisa que temos certeza na vida enquanto matéria, morte.











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Ainda que a memória falhe, sei que os concretos não a seguram mais.
A antiga casa perto do rio, fora destruída.
Construíram um comércio sobre os destroços.
Lembro-me dos barquinhos de papel que colocávamos no rio em épocas de enchente.
Lembro-me da Chimbica, e suas ulceras de câncer, da Dona Fizinha, de quem tanto tive medo - por pensar que fosse bruxa, e por ser banguela, iria me engolir por inteiro.

Passei um breve tempo da minha infância, neste lugar.
Embora não mais exista, por mais antiga que seja, na memória sempre será a minha casa.


















[junior ferreira]

terça-feira, 10 de abril de 2012

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Sim, acordei por volta do fim da manhã, ainda que quisesse dormir mais - e o meu corpo pedia isso - resolvi levantar. Não tive coragem para olhar as horas - não quero olhar as horas, ora essa.

Neste fato comedido de simplesmente esquecer que existo e que tenho obrigações, me esqueço também de lavar o rosto, de trocar essa cara, e com essa mesma coisa que emolda acima do meu pescoço, consigo ver pessoas - as pessoas também me veem, em outros angulos, pelos olhos dos outros, o que torna tudo mais cômico - sentir toda essa vontade de sorrir quando caminho sozinho e não entender o porquê.

Me pego às vezes nesse silêncio, entre mil gargalhadas internas - uma ou outra conseguem sair.
E pensar que sou louco quando converso sozinho, se de fato o que faz a minha boca se mexer são pequenas partes de outros milhares de diálogos que acontecem ao mesmo tempo dentro de mim mesmo.

Impossível controlar esses impulsos, inimaginável como as coisas não param de se mover dentro da minha cabeça, querendo fazer e absorver tudo ao mesmo tempo. Essa ânsia me suga, me seca e faz com que a minha cara pela manhã, seja a menos iluminada possível.




















[junior ferreira]

segunda-feira, 9 de abril de 2012

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Ai, se tudo fosse como nas novelas.
Todo esse roteiro sendo entregue a artistas que emergem os sentimentos mais profundos.
Poderia gritar eu te amo, quem é você?
Quanta ousadia nessa trama, que se desenrola em mil turbilhões.

Das telas não vejo o coração, mas algum sentimentalismo travestido.
Embora vemos os olhos e destes podemos imaginar a alma, molda-la de certa forma, respeitando alguma coerência que não lhe absorve completamente.

Solidificar assim algumas emoções e sentimentos rasgados, como tudo que fica para trás, visualizando a partida de quem segue, relembrando os diálogos, as palavras, tudo o que foi dito tão naturalmente da boca daqueles que realmente sabem amar e dizer de quem realmente gostam.













[junior ferreira]

domingo, 8 de abril de 2012

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Os barulhos do fim de tarde coexistem em
perfeita sintonia junto aos pássaros lá de fora,
que por toda essa Graça, sobrevoam a paisagem que me abala.

São os fins de tarde,
Que quando deitam a noite, pulsam esse tormento silencioso,
Arrastam o sono pelas madrugadas adentro, imensurável violência.

Posso dormir, contudo, ao amanhecer do dia, Graças a Deus.

















[Junior Ferreira]