domingo, 29 de novembro de 2015

[...]

















Quando bate a saudade,
eu rezo, faço promessas,
fico ajoelhado e se não funcionar
faço macumba.
Se ainda sim nada preencher o vazio, ah!
Desisto! Posso ser velho,
criança, adulto,
tornado,
ou borboleta. A ausência é inevitável.















[junior ferreira]

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

[...]














O mundo gira veloz
e meus cabelos
caem a cada dia mais.
Essa saudade e esses barulhos que não cessam,
me tornam um fantasma
imerso na vertigem da manhã.
E o susto,
ao ver minha imagem refletida no espelho,
me faz questionar
o porquê de eu ser eu.


















[junior ferreira]

terça-feira, 17 de novembro de 2015

[...]














Tento disfarçar a tristeza
como a ferida aberta embaixo da blusa,
embaixo da jaqueta,
sob a calça jeans desbotada.
O rasgo que ninguém vê ou consegue sentir
na mesma intensidade
que eu sinto e vejo,
se acoberta em meu sorriso vesgo
e espalha uma ideia de felicidade,
para não dizer o que se esconde sob a roupa,
sob a camisa,
dentro do peito.












[junior ferreira]

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

[...]

















Descobri que as pessoas pensam mais rápido do que eu.
Sou o mais lento,
presto atenção na cor da parede,
nos detalhes do piso,
por onde estou pisando,
depois me esqueço de tudo,
de tudo mesmo.

Quando retorno ao ponto inicial e tento repetir
toda aquela caminhada,
a vontade de se reinventar se torna contínua,
cada emoção vivida
se torna diferente,
excitante,
cada ar que respiro
é algo novo,
nao tao jovial,
entretanto,
singular
e desconexo de qualquer realidade já imaginada.

















[junior ferreira]